BANDEIRANTES - Na última sexta-feira (10), um incêndio destruiu parte das instalações do O Colégio Estadual de Educação Profissional Agrícola Fernando Costa, popularmente conhecido como Colégio Agrícola de Santa Mariana, instituição de ensino responsável pela educação de diversas pessoas de toda a região do Norte Pioneiro. Considerada uma das mais tradicionais instituições de ensino do Estado, a notícia do incêndio foi recebida com incredulidade por todas as pessoas do Norte Velho, por onde as fotos e depoimentos circulavam por WhatsApp. Mensagens de tristeza e esperança na reconstrução foram constantes no fim de semana que se seguiu ao incêndio.
As perdas se deram, principalmente, nas áreas administrativas, de alojamento, salas de informática, ambientes comuns e algumas salas de aula, não atingindo toda a instituição, mas sendo o suficiente para impedir seu funcionamento normal.
ESFORÇOS COLETIVOS - "Unidos, somos mais fortes". Com este pensamento, esteve presente na reunião da Força Tarefa, junto do prefeito de Santa Mariana, José Marcelo Piovan Guimarães, e do secretário de Educação do Estado do Paraná, Roni Miranda Vieira, o prefeito de Bandeirantes, Jaelson Ramalho Matta, que ofereceu ajuda para que a instituição não parasse com suas atividades, apenas a realocasse temporariamente para instalações do município de Bandeirantes: “nós nos colocamos a disposição também, Roni, com infraestrutura. Temos a escola da Usina que pode ser aproveitada. Quanto a transporte, fazemos esse atendimento e prontamente nos colocamos à disposição. Eu tenho carinho especial pela escola Fernando Costa, meu irmão é formado lá nos anos 80; tenho uma memória afetiva com a escola. Sabemos também que com o governo do estado temos muita liberdade, muito carinho e muita atenção. Me coloco à disposição para que a escola possa voltar a funcionar”.
Inicialmente não será necessária a utilização da infraestrutura do município de Bandeirantes, estando à disposição mesmo assim pelo tempo que durarem as reformas. Na ocasião o Governo do Estado do Paraná encaminhou R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) para que seja iniciado o processo de limpeza, retirada de entulhos e inservíveis decorrentes do incêndio. O dinheiro será utilizado, também, para a aquisição de móveis e colchões para o uso dos internos. O Governo do Estado do Paraná está encaminhando, também, fogões, mesas, utensílios de cozinha e computadores.
Em conversa com o diretor do O Colégio Estadual de Educação Profissional Agrícola Fernando Costa, o professor Ilton Wagner Alves, fomos informados que os trabalhos periciais estão sendo realizados desde o dia do incêndio, juntamente com órgãos investigativos, como a polícia Civil e criminal. Até o momento, entende-se que o incêndio foi iniciado em um dos quartos, quando uma das alunas de um dos dormitórios femininos percebeu fumaça no forro da instituição. A instituição realizou a limpeza dos forros recentemente, visto possuirem problemas com maritacas, que fazem ninhos nestes locais. À ocasião, todas as aves e seus ninhos foram retirados e toda a fiação elétrica foi trocada, com verbas provenientes do fundo rotativo; acredita-se que as maritacas tenham retornado e acabado por cortar algum fio elétrico novo, que resultou no acidente. Acerca da integridade física dos alunos e funcionários, o diretor da instituição informou que, graças aos treinamentos de evacuação, realizados de tempos em tempos, não houve feridos. O treinamento de plano de abandono leva todas as pessoas das instalações até o ponto de encontro previamente determinado, a praça frontal, em segurança e longe de qualquer risco. A medida adotada e sempre treinada objetiva salvar vidas, e efetivamente salvou. Todo o processo de evacuação até a chegada na praça frontal demora 10 minutos, onde é realizada a conferência mediante a chamada dos alunos presentes e análise da lista total; a contagem foi realizada às 19h; às 23h todos os alunos estavam em casa.
Sobre a ajuda prestada, a prefeitura municipal de Santa Mariana, no momento da checagem de alunos, enviou ônibus para transportá-los com segurança até o Colégio Machado de Assis, em Santa Mariana.
ALUNOS DE BANDEIRANTES - Ilton salientou ainda que não havia nenhum dos 72 alunos bandeirantenses (aa escola atende 276 alunos no total) no local do incêndio graças ao excelente trabalho conjunto prestado pela prefeitura de Bandeirantes e a secretaria de Educação e Cultura, sob o comando da professora Nelci Maria Martins de Queiroz, que cede ônibus para que os alunos do município possam ir e voltar diariamente para a instituição de ensino em segurança. "Um trabalho realizado com muito cuidado para resguardar a integridade física e mental dos alunos, onde o transporte é realizado com máximo cuidado, chegando ao local e aguardando findarem as aulas para que o retorno seja feito com a devida contagem de alunos. Jaelson é um grande amigo, parceiro, colaborador, responsável e interessado na educação das crianças e adolescentes; a secretária de Educação é uma mulher firme, responsável e muito preocupada. Não atoa os alunos chegam pontualmente na escola e retornam em segurança diariamente em suas casas; por esse trabalho logístico bem feito não estiveram no local do acidente naquele dia. Quanto ao prefeito Jaelson, tínhamos marcado uma visita para a segunda-feira de manhã, infelizmente não deu tempo, pois na quinta-feira anterior ocorreu o incêndio. Mesmo assim ele esteve aqui, mostrou sua força e preocupação com a educação. Então nos ofereceu espaço na Escola Técnica da Usina de Bandeirantes, para continuarmos as aulas. Sou muito grato e me sinto muito amparado com a ajuda e apoio que nos prestou”.
Lembrou, também, que o Governo do Estado do Paraná demonstrou máxima preocupação; o governador do Estado, Ratinho Jr, dispôs todos os recursos necessários para que e reconstituição seja realizada o mais rápido possível. "Ele (Ratinho Jr) dispôs todos os recursos que necessitamos desde as primeiras fagulhas”, informou. A ajuda do Governo do Estado contou com o apoio imediato do Núcleo Regional de Educação de Cornélio Procópio, através da Chefe do Núcleo, Mayra Iida Moraes, do governador Ratinho Jr, que acionaram a FUNDEPAR através de seu Diretor-Presidente, Marcelo Pimentel Bueno, buscando sanar o problema imediatamente.
Por ser uma instituição de excelência em ensino em sua área, muitos dos alunos já são empregados logo após a formatura. Com as ofertas de ajuda recebidas, apesar da tragédia que assolou a instituição de ensino nesta última semana, o diretor Ilton Wagner Alves estima que há possibilidade de manter as aulas in loco com a máxima qualidade ofertada em poucos meses, a mesma qualidade que outorgou notório reconhecimento à instituição.
Redação: Róger D. T. Demétrio e Talitha Dalacosta.
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