A campanha de vacinação contra a gripe foi prorrogada mais uma vez e o público-alvo tem até o próximo dia 15 deste mês para se imunizar. O adiamento foi indicado pelo Ministério da Saúde a todos os Estados devido aos índicesnacionais de cobertura vacinal e aos problemas causados pelas paralisações nas estradas. No Paraná, até agora 1,8 milhão de doses da vacina foram aplicadas, o que corresponde a 77% do público-alvo da campanha. A média nacional de cobertura vacinal é de 66%.
Em Bandeirantes, mesmo com o feriado de Corpus Christi desta quinta-feira (31) e recesso na sexta-feira (01), a Secretaria Municipal de Saúde e o Setor de Imunização trabalharam no sistema de plantão em meio período (das 08h às 12) para atender os grupos prioritários que devem receber a dose. De acordo com a secretária da Saúde, Daiane Tomé, objetivo da medida foi de atender e aumentar a taxa de cobertura vacinal.
PRORROGAÇÃO - Na avaliação do secretário estadual da Saúde, Antônio Carlos Nardi, mesmo apresentando índices maiores que a média nacional, o Paraná ainda precisa intensificar a cobertura em alguns segmentos, especialmente entre crianças de 6 meses a 4 anos, gestantes e doentes crônicos. O Estado já havia anunciado que estenderia a campanha para dar mais tempo para as pessoas se vacinarem.
“Nossa meta é imunizar pelo menos 90% da população-alvo no Estado. Quem ainda não se vacinou precisa buscar os postos de vacinação o mais rápido possível e se proteger. Já registramos 15 mortes por influenza e precisamos evitar que o vírus cause ainda mais danos”, afirmou Nardi.
Entre as Regionais de Saúde, duas já ultrapassaram o índice de 90% de cobertura vacinal. Na regional de Jacarezinho, 95% da população-alvo foi imunizada; e na de Irati, 90,6%. Na de Paranaguá, apenas 62,3% receberam a vacina. As outras 19 regionais ultrapassam 70% de cobertura vacinal.
COBERTURA – No Paraná, o menor índice de cobertura vacinal é registrado entre crianças de 6 meses e menos de 4 anos de idade. Das 659 mil crianças que deveriam receber a vacina, apenas 398 mil foram imunizadas, o que corresponde a 60,5% do total. Entre as gestantes, 116 mil deveriam receber a vacina, mas só 72 mil foram imunizadas. E das 739 mil doses de vacina disponibilizadas para pessoas com doenças crônicas, pouco mais da metade foi aplicada.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini, disse que das 15 mortes por causa da gripe registradas no Estado, 11 foram de pessoas com alguma doença crônica e que não haviam sido vacinadas. “A vacina é a forma mais eficaz para evitar as complicações da gripe e garante proteção às pessoas com mais risco de desenvolverem a forma grave da doença. Mas para isso as pessoas precisam procurar os postos de vacinação e se imunizar”, afirmou.
POPULAÇÃO-ALVO – Entre as populações-alvo da campanha de vacinação contra a gripe estão as populações indígenas. No Paraná, 100% desse segmento recebeu a vacina. No total, foram aplicadas 16 mil doses da vacina entre a população indígena do Estado. No Brasil, o índice de cobertura no segmento é de 63%.
Entre as pessoas com mais de 60 anos, maior grupo a ser imunizado, o Paraná já aplicou mais de 1 milhão de doses, ou 88,5% do total previsto em 1,1 milhão.
Segundo Júlia Cordellini, todos esses grupos são mais vulneráveis e quando entram em contato com o vírus da gripe têm mais chances de adoecer e ter complicações. “Para se proteger efetivamente contra a gripe, além da vacinação, é preciso adotar as medidas preventivas, como lavar as mãos frequentemente, manter os ambientes ventilados e evitar aglomerações de pessoas”, disse Júlia. (Da redação com assessoria)
O adiamento para o dia 15 de junho foi indicado pelo Ministério da Saúde a todos os Estados devido aos índices nacionais de cobertura vacinal e aos problemas causados pelas paralisações nas estradas.
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