BANDEIRANTES - A Prefeitura Municipal de Bandeirantes, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte, tem alcançado importantes feitos em prol da inclusão escolar dos alunos autistas matriculados em nossa Rede Municipal de Ensino. 

A inclusão escolar de alunos autistas é garantida pela Lei 12.764/2012, a qual prevê a sua inserção no ensino regular, além de atendimento especializado voltado às suas demandas educativas. Práticas de inclusão de qualidade possibilitam a socialização, a convivência, as interações e o contato significativo com os conhecimentos escolares por meio de diferentes formas de aprender. 

Para que elas aconteçam, a Formação Continuada é importante para que os professores adquiram conhecimento, compreendam as necessidades de seus alunos, façam a intervenção pedagógica necessária, compreendam as especificidades de seus alunos e o modo como eles constroem e elaboram o conhecimento, garantindo, portanto, o próprio direito de aprender. 

Pensando nisso e visando investir na formação necessária à inclusão e à atuação com alunos autistas matriculados nas Escolas Municipais de Bandeirantes, a Prefeitura Municipal e a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte investiram na participação de professoras regentes no “1º Congresso sobre o Transtorno do Espectro Autista” realizado nos dias 16, 17 e 18 de junho, no Hotel Bourbon, na cidade de Cambará-PR.

Durante a programação, o evento contou com a participação de profissionais de renome nacional e internacional na área de estudo sobre o autismo. Dentre eles, Neurologistas, Neuropsicólogos, Fonoaudiólogas, Psicólogas, Terapeuta Ocupacional, Psiquiatra Infantil, Supervisora ABA e Nutricionista, os quais trataram de temas como Comunicação e Linguagem em crianças autistas, Manejo do comportamento no TEA, Medicação, Alterações motoras, Diagnóstico precoce e tardio, Seletividade alimentar, Inclusão, Intervenções e Atividades de vida diária, por exemplo. 

O objetivo do Congresso foi abordar conteúdos e descobertas na área do autismo, capacitando pais, profissionais e acadêmicos de diferentes áreas. Além de proporcionar qualidade de vida às pessoas com TEA, essa foi uma importante iniciativa para conscientizar a sociedade e os profissionais acerca do diagnóstico, da educação inclusiva, dos direitos dos autistas e dos tratamentos possíveis. 

Para a professora Araceli Silvestrini de Moraes Farinha, a participação foi muito produtiva. “Nós participamos do 1º Congresso do TEA na nossa região e nós tivemos a oportunidade e o contato direto com diversos profissionais e especialistas de diversas áreas que trabalham com o TEA desde a infância até a fase adulta. Com essa experiência tivemos a oportunidade de aprender muita coisa. Aprendemos, por exemplo, que nada como conhecermos os detalhes para compreendermos o todo. Não há possibilidade de desenvolvimento sem uma mudança atitudinal da sociedade e essa sociedade começa dentro da escola. A escola forma a criança para a vida. Não há uma receita para ensinar as crianças com Transtorno do Espectro Autista e sim conjunto de pequenas ações que, somadas, formam o todo, pois, afinal, nem todo ser humano é autista, mas todo autista é ser humano”, enfatizou a professora. 

A participação das docentes no Congresso terá grande impacto em sala de aula, pois os temas abordados se relacionam diretamente às rotinas e às práticas realizadas em sala de aula. Além disso, eles poderão orientar o planejamento das ações, a elaboração de estratégias educativas e a promoção de uma inclusão escolar de qualidade. 

Para Juliana Moreira Durans, Coordenadora do Centro Psicopedagógico, “o Congresso contribuiu para o conhecimento das características específicas da pessoa com autismo, despertando a conscientização das possibilidades de conhecimento relacionado ao desenvolvimento deste grupo, além de auxiliar nas práticas pedagógicas adequadas para cada indivíduo. O autismo ainda é um desafio no processo de inclusão, mas através do conhecimento podemos facilitar esta ação no ambiente escolar e na sociedade. Gratidão ao prefeito Jaelson, o qual tem tido este olhar diferenciado à Educação Especial investindo nos profissionais que, por sua vez, realizam a devolutiva ofertando atendimento de qualidade aos alunos”. 

Os benefícios do evento não param por aqui. Para a professora Maria Luiza Abdala, “os assuntos abordados foram importantes para identificar, compreender e orientar uma criança com TEA. O Congresso foi maravilhoso e de muita aprendizagem. Eu participaria novamente, bem como de outros que contribuam com a nossa formação e prática”. 

Já para Jucéli de Fátima Alexandre Pereira, Psicopedagoga no Centro Psicopedagógico de Bandeirantes, “o conhecimento adquirido no “1º Congresso sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)” e a troca de experiência que tivemos em alguns depoimentos serão utilizados para a melhoria dos atendimentos. O Congresso foi uma excelente oportunidade para que nós profissionais da Educação ampliemos nossos horizontes, criando metodologias, ideias e estratégias que possam ser implementadas nas práticas cotidianas para melhor atender os alunos autistas”. 

A participação das professoras no “1º Congresso sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)” acentua o olhar atento da Gestão Municipal com a Formação de Professores, com a garantia da inclusão escolar dos alunos autistas e com a promoção de uma educação de qualidade acessível a todos os alunos matriculados nas Escolas Municipais de Bandeirantes. 

Redação: Estáfani Dutra Ramos e Talitha Dalacosta.
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