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O coordenador da Visa (Vigilância Sanitária), biólogo Reinaldo Marqui, alertou que o verão é a estação do ano preferida do Aedes Aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. “O cuidado contra a dengue deve ser uma questã
O coordenador da Visa (Vigilância Sanitária), biólogo Reinaldo Marqui, alertou que o verão é a estação do ano preferida do Aedes Aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. “O cuidado contra a dengue deve ser uma questão cultural, do dia a dia das pessoas”, enfatizou e destacou que a mobilização da população deve ir além do cuidado com o próprio quintal. “Estudos apresentados por Márcio Boia, pesquisador da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), mostram que 28,7% dos potenciais criadouros estão em obras, borracheiros, calhas, lajes, ralos, sanitários sem uso, piscinas não tratadas, cemitérios e pequenos recipientes dento de quintais e residências”, citou.
De acordo com Marqui, o Aedes aegypti se reproduz o ano todo, mas é durante o verão que ele se prolifera ainda mais por causa das constantes chuvas e do calor, condições que o mosquito adora. “Por isso é necessário redobrar os cuidados não só no quintal, onde muitas vezes são deixados expostos ao tempo brinquedos ou qualquer objeto que possa acumular água e se tornar criadouros do mosquito. É importante também fazer vistorias dentro de casa, onde pode haver depósitos de água parada que passam despercebidos, como o reservatório que fica atrás da geladeira e sanitários da área de serviço”, recomendou.
Outra orientação do coordenador é para quem vai viajar durante o período de verão. “É importante lembrar de alguns cuidados como, fechar as tampas de vasos sanitários e de ralos pouco usados, de fechar os ralos dos banheiros e de guardar a vasilha de água e de comida dos animais de estimação se não houver ninguém para tomar conta da casa. Outros cuidados que se deve ser tomado no dia a dia, é de escovar, por exemplo, as vasilhas de água e de comida dos animais. A escovação é importante porque a fêmea coloca o ovo na parede desses recipientes, e o ovo pode ficar lá por mais de um ano. Assim que entrar em contato com a água, em questão de minutos os ovos eclodem e surgem as larvas, que é o primeiro estágio do mosquito. Daí por diante o mosquito completa sua evolução na água e depois vai para o ambiente em um curto período de cinco a dez dias”, detalhou.
Segundo Marqui, nos últimos anos, Bandeirantes não tem enfrentado grandes problemas em relação ao mosquito Aedes aegypti. Em 2016, foram notificados 200 casos suspeitos de dengue, sendo confirmados apenas 21. Em 2017, houve 79 notificações e somente 1 caso de dengue foi confirmado. “Em 2018, tivemos 41 notificações e 01 (uma) confirmação para a dengue. No entanto, temos que levar em consideração que o mosquito está presente no Município, e isto nos coloca em situação de risco. Portanto, os cuidados com a prevenção não devem ser abandonados nunca. E sim, contrário, devemos redobrar a atenção para que as doenças transmitidas pelo mosquito não cheguem em Bandeirantes. É importante deixar claro que já há casos confirmados em municípios pertencentes a Regional de Saúde de Cornélio Procópio”, ressaltou.
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