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GEÓLOGOS BRASILEIROS IDENTIFICAM ESTRUTURA PRESERVADA RARA DE "LAVA EM CORDA" DURANTE TREINAMENTO EM BANDEIRANTES.

Descoberta Rara: Geólogos Identificam 'Lava em Corda' e Apontam Potencial Geossítio.


GEÓLOGOS BRASILEIROS IDENTIFICAM ESTRUTURA PRESERVADA RARA DE

BANDEIRANTES - Uma equipe composta por 16 geólogos de diferentes estados brasileiros do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás e Bahia - coordenada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), realizou um treinamento técnico na Pedreira Municipal de Bandeirantes e descreveu uma formação geológica excepcional: a presença de estruturas de "lavas em cordas". Essa descoberta despertou grande interesse, já que os especialistas afirmaram não terem encontrado esse tipo de formação de maneira tão nítida e bem preservada em nenhum outro local do país e só identificada tão perfeitamente assim no Havaí (EUA) e na Islândia.



Essas feições geológicas, com mais de 130 milhões de anos, foram identificadas durante a visita técnica realizada por essa equipe especializada. A singularidade, o estado de preservação e a extensão dessas estruturas indicam um potencial significativo para a área se tornar um geossítio de importância geológica, científica, educacional e turística de âmbito nacional.

O termo "lava em corda" descreve uma formação peculiar de rochas vulcânicas que, ao solidificar-se, enruga sua superfície vítrea e cria estruturas que se assemelham a cordas entrelaçadas, gerando um padrão visual único e intrigante. A raridade dessa formação no território brasileiro eleva a importância da área em questão, tornando-a um local de interesse para estudos geológicos avançados.

Os especialistas afirmaram que essa exposição pode oferecer insights valiosos sobre processos vulcânicos antigos e a evolução geológica da região ao longo de milhões de anos. Além disso, ressaltaram a necessidade de estudos mais aprofundados para compreender a extensão e a relevância dessa formação geológica singular.

A possibilidade de transformar essa área em um geossítio, reconhecendo sua relevância científica e educacional, está sendo considerada pelas autoridades geológicas. Tal designação poderia não apenas preservar a área para futuras pesquisas, mas também permitiria que o público em geral compreendesse melhor a riqueza geológica e histórica do local.



O excelente estado de preservação e exposição dessas "lavas em cordas" nesse local específico representa um marco importante no estudo da geologia brasileira, destacando a diversidade e a singularidade das formações geológicas do país, enquanto oferece uma janela para o passado geológico da região, quando possantes vulcões dominavam a paisagem.

No piso da pedreira, observa-se as estruturas das lavas em cordas, como arcos indicando o antigo fluxo das lavas que por ali escoaram. Pesquisadores em geociências do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) na Pedreira Municipal de Bandeirantes (da esquerda para a direita): Alexandre Alves Oliveira, Tiago Bandeira Duarte, Mariane Brumatti, Ligia Maria de Almeida Leite Ribeiro, Vidyã Vieira de Almeida, André Luis Spisila, Marcell Leonard Besser, Rodrigo Fabiano da Cruz, Emmily Sauny Santana Schramm de Oliveira, Thainá Lopes Muniz, Roberto Loreti Junior, Paloma Gabriela Rocha, Carla Klein, Daiane Flora Hammes, Guilherme Iolino Troncon Guerra e Magda Bergmann. À extrema esquerda da foto, o Secretário de Meio Ambiente do Município de Bandeirantes, Vinicius. 
 

Lavas em cordas muito similares às encontradas em Bandeirantes-PR estão preservadas no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia, local do encontro das placas tectônicas Euroasiática e Norte-Americana. Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil visitaram o país em 2019 com o objetivo de treinar reconhecimento de feições vulcânicas mais jovens. Foto: Marcell Besser. 

 

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