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Saúde - Quarta-feira, 28 de Agosto de 2019

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Saúde recomenda dose extra contra o sarampo em bebês menores de 1 ano

Crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias devem ser imunizadas.


Saúde recomenda dose extra contra o sarampo em bebês menores de 1 ano

Todas as crianças do Brasil de 6 a 11 meses devem receber uma dose da vacina contra o sarampo. A chamada ‘dose zero’ começou a ser aplicada nesta semana. A estratégia busca proteger esse grupo que é mais vulnerável ao vírus e tem mais risco de ter complicações causadas pela doença. Atualmente, 11 estados estão com surto ativo da doença.

Segundo a coordenadora do Setor de Vacinas da Secretaria de Saúde de Bandeirantes, Carla Zanatta, crianças que completarem 12 meses devem retornar ao posto de vacinação para começar o esquema vacinal, respeitando o prazo de 30 dias entre as doses. A segunda dose deve ser aplicada aos 15 meses. “O Calendário Nacional de Vacinação oferta a proteção contra o sarampo. São duas doses para pessoas de 1 a 29 anos e uma dose para pessoas de 30 a 49 anos. Vale lembrar que quem já está vacinado não precisa receber a vacina novamente”, orientou. E para as pessoas acima dos 50 anos, a vacina é indicada apenas nos casos de bloqueio vacinal após a exposição com casos de suspeita da doença ou confirmados. Pessoas imunodeprimidas, mulheres grávidas e menores de seis meses de idade não devem tomar a vacina. Profissionais da área da saúde devem ser vacinados, independente da idade.

De acordo com a secretária de Saúde de Bandeirantes, Daiane Tomé, a inclusão deste grupo para vacinação se deu porque é uma população vulnerável e com riscos de complicações sérias pela doença, como: otites, infecções respiratórias e doenças neurológicas. Em casos mais graves podem provocar a redução da capacidade mental, surdez, cegueira e retardo do crescimento. Ela reforçou que o sarampo é uma doença evitável com a vacina. “A vacina que é altamente eficaz, evita a transmissão da doença, por isso a prevenção é de extrema importância”, enfatizou.

No Paraná, dois casos foram confirmados e estão em monitoramento pela SESA (Secretaria Estadual da Saúde). Um deles é de uma moradora de Campina Grande do Sul e o segundo caso foi confirmado nesta terça-feira (20), um homem de 54 anos morador de Curitiba. Ambos passaram por São Paulo.

CASOS SUSPEITOS - Nos últimos 90 dias, os Estados notificaram mais de dez mil casos suspeitos de sarampo para o Ministério da Saúde. Deste total, os exames laboratoriais confirmaram casos distribuídos em onze estados do país e mais de sete mil casos ainda estão em investigação para verificar se é ou não sarampo.

No Paraná, além dos dois casos confirmados, a SESA tem registro de mais 16 casos até a quarta-feira (21) passada. Todas estas pessoas estão em monitoramento e investigação para confirmar ou descartar a doença. As ações de bloqueio vacinal seletivo também foram realizadas.

Em todas as notificações de casos suspeitos no Paraná, as pessoas foram contaminadas em viagens pelo estado de São Paulo. “Temos caso de pessoas que apenas passaram no aeroporto em São Paulo, outros que estiveram pela capital em compras e também situações de viagens para o interior paulista. Como o sarampo é altamente contagioso, a transmissão pode ocorrer estando próximo de alguém contaminado, e se a pessoa não estiver vacinada, o risco de ficar doente é altíssimo”, informa a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Nasr.

Os municípios que têm casos notificados no Paraná são: Campina Grande do Sul, Cascavel, Curitiba, Jacarezinho, Maringá, Rolândia, São Jorge D’Oeste, São José dos Pinhais e Sulina. Em Ponta Grossa e Foz do Iguaçu também está ocorrendo o bloqueio vacinal seletivo porque pessoas com suspeita ou confirmação da doença circularam nestas cidades.

 

Fonte: Folha do Norte Paranaense

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