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A professora Gisilene Algozo Mioto foi parabenizada, na última sexta-feira (30/07), pelo prefeito Jaelson Ramalho Matta e pela secretária de Educação e Cultura, a professora Nelci Maria Martins de Queiroz, pelos serviços prestados com excelência como prof
A professora Gisilene Algozo Mioto foi parabenizada, na última sexta-feira (30/07), pelo prefeito Jaelson Ramalho Matta e pela secretária de Educação e Cultura, a professora Nelci Maria Martins de Queiroz, pelos serviços prestados com excelência como professora da rede municipal de ensino.
Gisilene atua há 34 anos como professora municipal, tendo iniciado sua carreira no magistério aos 18 anos; “quando comecei a lecionar, era tão criança quanto as outras crianças. Com o tempo, fui aprendendo a trabalhar com os alunos e o amor pela profissão foi aflorando; quando se trabalha com amor, você se dá, e cresce; e os alunos crescem juntos”. Deste período, atua há 14 anos com pessoas com necessidades especiais. Para ela, tem que ter muito amor naquilo com que trabalha, mas não apenas isso, atualização e empatia são essenciais, “rapidamente o mundo muda, e corremos o risco de ficarmos para trás. Manter-se atualizada demanda tempo, esforço”, explicou. Em sua experiência lecionando para pessoas com deficiência visual, esclarece que a empatia é essencial; “é uma situação muito difícil para a pessoa, e você precisa tentar entender. Se colocar no lugar dela, compreender que há uma dor ali que você tem que trabalhar enquanto leciona”; e reforça que quando as dificuldades enfrentadas pelos alunos ultrapassam os seus limites de atuação, pede auxílio de psicólogos para garantir uma recuperação da saúde mental diante da aceitação desta nova condição enfrentada pelo aluno para então poder dar sequência às aulas. “Lecionar com amparo de psicólogos muda a vida desta pessoa em curto e longo prazos. No curto prazo para a aceitação da condição de deficiente visual e o resgate da saúde mental; em longo prazo pela educação formal e o crescimento em todos os pontos de sua vida”.
Dos anos em que trabalhou com turmas regulares, relembra as dificuldades, que são distintas das enfrentadas pelos alunos com necessidades especiais. A exemplo, remonta à expectativa dos pais quanto às escolas, esperando que estas eduquem e ensinem, ou seja, que realizem os deveres familiares de educar seus filhos como indivíduos e cidadãos ao passo que lhes ensine a formação clássica, composta pela grade curricular. Esta dificuldade se estende por anos, pois todos os integrantes das famílias necessitam trabalhar e, por tanto, passam menos tempo com seus filhos; não obstante, além de antiético também é perigoso moldar uma pessoa conforme crenças quais sejam que não familiares, neste sentido, aplicadas pelos professores (como muitas vezes os pais insistem); “viver em uma cultura e tradições familiares é pessoal, passado dos pais aos filhos dentro de uma mesma família. Não tenho o direito de passar minhas crenças pessoais, tradições e forma de ver o mundo para outra pessoa, corro o risco até de destruir uma dinâmica familiar. Esse dever compete à família; este problema existe pois todos precisamos trabalhar. Todos os integrantes de uma casa em idade e capacidade de trabalhar necessitam trabalhar, por isso entendo a razão do pedido, porém, seria perigoso fazer isso. O trabalho da família é educar, do professor, ensinar”. Este problema é existente também com alunos com necessidades especiais, porém, em muito menor escala e por motivos distintos pois estes alunos estão sempre acompanhados de familiares para diversas de suas rotinas corriqueiras devido suas necessidades especiais, de onde absorvem a cultura e tradição familiares.
Relembrou também alguns casos marcantes, dentre estes o de um aluno que se tornou memorável por travessuras. “Era um aluno dócil, mas dava trabalho! Deixava de cabelos em pé a mim e a todas as professoras. Anos depois o reencontrei na cidade, já formado, saudável, desenvolvido como indivíduo, uma satisfação enorme em saber que fiz parte de eu desenvolvimento pessoal; relembramos o trabalhão que me dava, agora com risos”.
A homenagem prestada para a professora Gisilene reflete a nova visão da secretaria de Educação e Cultura, de reconhecimento e agradecimento aos professores pelo trabalho exemplar que muitas vezes não era percebido pelos pais ou, até mesmo, pelos órgãos desta municipalidade. Gisilene é professora há 34 anos, foi a primeira professora homenageada; não apenas pelo tempo de serviço prestado, o maior dentre todos os demais professores, mas sim pela qualidade de sua atuação, com destaque especial para a forma como os trabalhos eram e são desenvolvidos: com respeito, carinho e amor. Assim como Gisilene, a secretaria de Educação e Cultura prestará homenagens a outros professores, reconhecendo seus esforços, sacrifícios e excelentes trabalhos.
Róger D. T. Demétrio
Comunicador Social
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